A vida

A vida anda
a vida passa
a vida corre
a vida grita
a vida chora

A vida louca
a vida sincera
a vida orgulhosa
a vida envergonhada
a vida simplória

A vida sem dono
a vida cheia de si
a vida passa
a vida triste
a vida senhora
a vida sem hora

A vida sorri
a vida passa
e a vida vai…

(Data Original: ago.2011)

Cartas Perdidas 2

A quem quiser, possa

Eu estou escrevendo isso a fim de colocar-me sentada no banco de réus. O meu júri são vocês, sim, mas qualquer outra posição dentro deste tribunal de causas realmente pequenas me seria desconfortável. A ré, culpada, acusada, é a melhor para mim. Sei onde é o meu lugar, e, certamente não é a vítima.

De forma poetizada, quando uma estrela se apaga em sua vida, você pode perder a direção. Mesmo que ela não seja a maior, nem uma das maiores no imenso céu à sua frente. Mesmo que não fosse a que você seguia, mesmo que nem fosse a que você deveria seguir. Você corre o risco de se sentir perdido. Isso pode durar alguns segundos, algumas horas, alguns dias… Ou pode durar pra sempre.

A falta que aquela estrela pode te fazer é indefinida. Nenhuma, pouca, alguma ou muita, dependendo de quem você for, e quem aquela estrela representava na sua vida. Bem, mas não me entreguei, condenada, para filosofar sobre a vida, comparar estrelas a pessoas que cruzam nossos caminhos, de papo para o ar.

Vim, por que achei que era o certo, me redimir, vez por todas, sem chiados, e à frente pública. Porque é o que mereço. Mas antes, porque acredito que a corda e o carrasco que me esperam podem esperar ainda mais, gostaria de fazer meu último pedido. Minha carta derradeira, que entrego ao Excelentíssimo Senhor Juiz, para que este possa levar ao conhecimento de vocês minha última chance de me safar da morte, tão próxima e tão acolhedora, como nunca imaginei outrora.

“A simbologia da estrela tem que te fazer entender que foste tu a quem decidi seguir os passos. Minha profunda admiração, que cresce a cada dia levou-me a marcar isso publicamente, seguido do número de primaveras que estás a brilhar. E de todos os românticos em quem me espelhei, você é o que mais profundamente entendi.

Em todos os lugares por onde passei, lembrei-me de ti. E todo texto que escrevi, procurei esconder-te nas entrelinhas, com a esperança que algum dia notasses. De forma ou de outra, os meus mais preciosos e trabalhosos textos, te dediquei. Quando eu podia, quando as circunstâncias permitiam, te ouvi. E você me atendeu quando mais precisei.

Em todos os meus sonhos te encontrei. E foi você por quem mais me perdi. Em todas as músicas, histórias, livros contos que estudei, todos faziam ressurgir as lembranças de ti. Quanto mais vivas eram elas, mais cega e apaixonadamente te procurei.

Tantas outras vezes, me confundi. E quando não sabia o que fazer, a solução estava em você. E quanto mais tento não pensar em ti, mais meus caminhos, maliciosos e impiedosos, chegam a você.”

Rejeição

Sugestão de trilha sonora: Mais Uma Vez – Legião Urbana

Paulinha,  minha tortuguita
Camylla, minha princesinha
Kaori, minha irmãzinha
Isa Dantas,  a menina mais otimista que eu já vi
Majorie,  minha flor (volátil)

Quem ama sabe o que é se sentir assim. Rejeitado, uma vez na vida. Enciumado ou possesso. Eu era assim quando meu irmãozinho nasceu; Fui assim quando minha melhor amiga arrumou outra melhor amiga; E enfim, é natural do ser humano.

Mas e quando você se auto-rejeita?

E quando nem você se suporta mais? Quando sua vontade é se fechar para o mundo, e não querer saber mais de ninguém? E quando você quer sumir, esquecer de tudo e de todos, e até de você mesmo? E quando você quer parar de pensar, parar de se importar, só um pouquinho? Não pode, só um pouquinho?
Se fosse pra pedir um pouquinho do brigadeiro da minha mãe ela deixaria…
Ou da macarronada do meu pai…
Ou da torta do meu irmão…
Do abraço do avô, do beijo da avó, até pra ler o diário da irmãzona eu posso pedir um pouquinho.

Mas um tempo pra mim, pra me distanciar de mim, eu não posso. Não, não, ninguém pode.  Não ainda. Não sem abandonar a maravilhosa e abençoada vida que Deus me concedeu. E eu não quero isso desse jeito. Não quero pagar tão alto preço por um capricho.

Eu só quero colo, sabe?  Uma amiga pra chorar comigo, e concordar com qualquer besteira que eu disser. Um ombro pra encharcar enquanto eu faço o maior dramalhão mexicano da história. Deixa eu fazer isso, por favor. Deixa eu descarregar esse peso. Deixa eu me xingar do que eu quiser, depois me fazer de vítima. Deixa eu ter minhas manias, deixa eu ser mimada e fresca, mas DEIXA EU SER EU.

Deixa eu chorar um pouquinho, só um pouquinho, sozinha, longe de você.
Longe da falsidade e da hipocrisia mundana.
Longe de todos os que querem me ver chorar.
Longe de todos os que me querem mal.
Longe de tudo tudo tudo.
Longe… Longe… Longe…

Voando, por aí, deixa eu sonhar! Deixa eu voltar a ser criança, recuperar uma parte do que eu pouco tive. Deixa eu esquecer o que é crescer e amadurecer, deixa eu regredir, só por alguns segundos…

Às vezes eu só preciso de colo e carinho
Às vezes eu só preciso chorar um pouquinho
Pode?
Às vezes eu só quero fraquejar, mas muito mesmo, e na frente de todo mundo.
Porque eu não sou perfeita, e ninguém é. E eu não quero ser uma referência pra ninguém, porque não me sinto bem com isso.
Pode?
Pode cometer um erro grandão? Posso sentir ciumes ferrenhos uma vez na vida?

Às vezes eu só quero ficar quietinha, chorando, me achando a garota mais babaca e fútil da face da Terra. A maior zé-ninguém que o mundo já viu nascer. Sabe?

Às vezes eu quero aprender a confiar em mim. Às vezes não.
E às vezes eu tô tão confusa que não sei o que eu quero.

Às vezes eu só quero pedir permissão pra ser assim: confusa e complicada, preocupada demais, e assim como eu sou.

Deixa?

Imagine.

Imagine o mundo.

Imagine o mundo como uma grande sala, aberta, infinita, sem forma definida.
Gigantesca e amedrontadora. Toda de uma cor, toda iluminada.
Você não sabe se está no canto ou no centro. Talvez ela não tenha canto nem centro. Não tem como saber, é muito vasta.

Você pode correr por entre as pessoas. As bilhões de pessoas do mundo, todas elas, ali. Você pode estudá-las, ou estudar o ambiente. Mas você nunca tem certeza de nada. Pode estar certo tanto quanto pode estar errado.

É um ambiente incerto e instável. Assim como você. Assim como todos ali dentro.

Você pode se perder, ocasionalmente, ou pode inventar como se encontrar. Ou pode, ainda, ficar parado, vendo tudo acontecer; vendo nada acontecer.

Então você pisca, e a cena muda:
Diante dos seus olhos, as luzes se apagam. Uma a uma, elas vão se extinguindo. De fora para dentro. Cada luz representa uma pessoa. Elas vão se apagando acima das cabeças, ora conhecidas, ora não. E a escuridão vai chegando perto, em proporções geométricas.

Por último, a sua luz se apaga. A escuridão, o ambiente desconhecido, o vazio e a solidão… Os medos mais comuns do ser humano.

Você pisca mais uma vez. A sua luz se acende.

Há risos e murmúrios ao seu redor. Há um holofote sobre sua cabeça. Há pessoas de todas as raças e etnias com você. Em algum lugar, no vazio, no escuro, num ambiente indefinido. Infinito? Como saber? Um passo, e pode ser que você caia num abismo eterno.

Há medo e há pavor. Há sussurros. Há codinomes e rótulos. Há seus piores pesadelos rondando você. Há terror. Há você e a sua lacuna. Perdido dentro de si mesmo.

Pra sempre? Não?
Até quando então?

Pré-edição: Pela Última Vez.

Ela tomou uma decisão.
Uma decisão que, diariamente, milhões de pessoas do mundo todo tomam.
Não cabe a nós julgar se ela escolheu  “certo” ou  “errado”.
Só me importa que, aonde ela estiver, esteja feliz!

EM BREVE!

4ª. Feira Tecnológica – São Paulo, 2010 !

Okay, eu disse que o anterior seria o último relato, mas eu preciso registrar isso, porque é importante. Preciso divulgar pra quem acompanhou o desempenho deles por aqui, também. Todo mundo merece saber!

Legal, imagina que três das pessoas mais importantes da sua vida elaboram um projeto muito maluco e isso os leva para uma Feira de Tecnologia, em São Paulo.
Ótimo. Agora, imagina você apreensivo (a) por eles, esperando a volta deles, querendo saber das novidades, se correu tudo bem e etc…
Perfeito, agora imagina QUE ELES GANHAM EM PRIMEIRO LUGAR ESSA FEIRA na categoria deles.

Não é demais, ou só eu que acho?

Não sei, acho que sou meio maluca, mas sinceramente, eu chorei de felicidade quando soube… E logo que soube eu vim postar aqui! Estou chorando ainda, o rosto lambuzado de lágrimas e o gosto de água-com-sal na boca, mas vale a pena…

Uma lição que aprendi a duras penas é que tudo feito com sentimento vale a pena, não é para se envergonhar nem se arrepender. Então, vale a pena chorar e rir ao mesmo tempo, e ter vontade de gritar, pular e sair correndo para vê-los… Vale a pena querer anunciar aos quatro ventos essa vitória…

Porque é algo muito grande, que vem de dentro… Vale a pena porque é de coração!

P.S.: Que bom que voltaram, meninos! A escola DEFINITIVAMENTE não tem graça sem vocês!

E, G, J, amo vocês *-*

4ª. Feira Tecnológica – São Paulo, 2010 ³

Último Relato-

Pessoal, é hoje. Hoje mais tarde, à noite, acaba a maratona de sufoco dos meus, seus, nossos heróis. Imaginei a volta deles mais ou menos como no filme “Apollo 13” (okay, eu viajei legal), aquele que mostra a ida (e volta, obviamente) à Lua da missão da espaço-nave Apollo 13, da NASA, em 1970.

A diferença principal é que o pessoal da Apollo 13 NÃO pousou na Lua, mas voltaram como heróis por terem sobrevivido, enquanto os nossos pequenos notáveis chegaram ao seu objetivo (que não era a Lua, pelo menos não ainda…) e conseguiram apresentar e representar tudo o que foi necessário.

Ah, eu estava certa no post de ontem, quando cheguei a comentar o significado do termo FETEPS, é mesmo Feira Tecnológica Paula Souza (hoje, não colocarei em evidência as sílabas/letras que formam a sigla em questão).

RECAPITULANDO… onde eu estava? Ah, sim!
Hoje é o último dia deles lá, e embora esse dia já esteja no fim, ainda estou torcendo (será que eu sou boba???). Sei lá, ontem deu uma emoção tão grande vê-los ali… Quando a gente vê tudo por fora é diferente, mas deu a impressão que eu estive o tempo todo acompanhando, e de repente ver tudo pronto, direito, bem-feito dá uma sensação de alívio e uma felicidade tão grandes que não sei se saberia expressar! Acho que isso era pra ser uma emoção exclusivamente deles, mas eu sou estranha mesmo, eu senti isso também.

Bem, eu só desejo do fundo do coração que corra tudo bem hoje, como correu nos últimos dois dias. E que eles consigam uma boa colocação na classificação geral. Aah, eu tô com saudades! A escola não é a mesma sem eles.

Hm, e eu desejo um boa viagem de volta também.

Com todo o carinho e admiração, encerro por aqui o “diário de relatos” (só não é de bordo porque eu não estou lá) da 4ª. FETEPS. Eu tentei não me estender demais e deixar parecendo que eu sei escrever coisas com sentido (não deu certo), mas eu TENTEI!

Boa tarde, meninos  tudo de bom na volta pra casa! Estamos aguardando (sem mais surpresas… eu acho) ansiosos pelo seu reotrno! Adoramos vocês!

4ª. Feira Tecnológica – São Paulo, 2010 ²

Relato 2-

Hoje, fui presenciar meus queridos e dedicados amigos na FETEPS (que eu não sei ao certo, mas acho que signifique “FEira TEcnológica Paula Souza”). Não tenho palavras para descrever, é quase impossível! O espaço era i-men-so, no mínimo! Tinha cada projeto maravilhoso!

Não sou a melhor pra tratar dos outros projetos, porque eu mal visitei a feira. Queria o tempo todo vê-los apresentando, de novo e de novo. Foi inesquecível, com certeza! E eles são realmente demais! Será que é difícil ser gênio? Preciso perguntar…

Estava super ansiosa e empolgada, e estou satisfeita com o resultado (mesmo que isso signifique ter feito lembrancinhas ontem à noite, fazer cartazes subindo a serra, num ônibus lotado de bagunça e em movimento, estar com as pernas doendo, quase sem voz de tanto cantar/gritar/conversar e ter que acordar cedo pra aula de amanhã.)

Acreditem se quiserem, eu não estou cansada. É sério. e por mim, eu teria ficado lá até a feira acabar. Eu teria gostado, muito. Mas teria enchido muuuuuito a paciência dos meus queridos colegas ( o que não seria nada legal da minha parte).

Os pontos positivos do dia na FETEPS: convites pra participar da feira do ano que vem (será que sou capaz? eu duvido muito…); amizade com a mãe dos três anjinhos que realizaram o projeto; conversas com o professor de química que foram bem produtivas; conhecer o pessoal que faz técnico em química  na Etec Júlio de Mesquita, em Santo André.

Os pontos loucos do dia: cantar com os amigos no ônibus; conhecer o museu do futebol (e gostar dele); imitar um rapper.

O ponto ruim de tudo isso: tropeçar e quase me esborrachar no chão umas 69148967541732167219742070746127952825 vezes. Mas tudo bem.

Enfim, boa sorte pra vocês amanhã, de novo, garotos! Todo meu apoio, minhas preces e minha torcida é exclusivamente para vocês!